segunda-feira, janeiro 23, 2006

O Parto (Atenção: Post muuuuuuuito longo!)

Quero (e vou) fazer um relato exaustivo do nascimento da Beatriz!

O dia 16 de Janeiro de 2006
Vou começar de onde fiquei no meu último post.
Nesse dia, tal como escrevi, não dormi nada, não descansei, não fiz absolutamente nada, porque não conseguia... as contrações não tinham padrão, mas eram mais que muitas, e bastante dolorosas.
Lembro-me de quase chorar de tanta dor, mas para ser sincera, não me lembro da sensação, e agora que passou, dou por mim a pensar que nem foi assim tão mau. Li algures que, durante o trabalho de parto, o nosso organismo produz "qualquer coisa" que ajuda a mulher a esquecer as dores do parto. Se foi isso que aconteceu, então deu resultado!
Vou tentar não dispersar...
Nesse dia, não me lembro sequer de ter jantado, não me lembro de ter feito absolutamente nada. Recordo-me apenas de estar deitada na minha cama, o Tiago estava no computador mas sempre a olhar para mim... estava com contrações terríveis. E só me vinham á cabeça as palavras da médica que me atendeu nessa manhã nas urgências, e que me disse que ainda tinha que esperar "um bom bocado..." Eu só pensava que já não aguentava mais, não ia aguentar nem mais um dia assim (que remédio teria eu...). Para me distrair, (e esta foi uma ideia do Tiago) cada vez que tinha uma contração, tinha que assentar num papel as horas exactas. Como mal me podia mexer com as dores, o facto de estar a ver as horas, decorar as horas e assentar as horas obrigava a concentrar-me noutra coisa que não a dor. E enquanto escrevia e não escrevia, a contração passava... No intervalo entre elas, apesar de estar dorida tentava dormir, tal era o cansaço. Era inútil, claro!
A certa altura (por volta das 21h), as contrações começaram a ter um intervalo quase regular, que variava entre 7 e 11 minutos. O Tiago disse que se eu continuasse assim até á meia-noite, que íamos para a maternidade.

A espera
Á meia-noite, as contrações eram de 7 em 7 ou de 6 em 6 minutos. Nesta altura, já tinha razões mais que suficientes para ser internada, mas eu preferi ficar em casa. Tive medo de chegar lá e ficar sem contrações (e lá se ia a minha esperança de ter a Bia nos braços nessa noite), tive medo de ouvir da boca da médica as mesmas palavras que tinha ouvido nessa manhã, tive medo de ser novamente precipitada... E esperei.
Ainda não deviam ser 2h quando me apeteceu ir tomar banho. Achei que me ia fazer bem, mas tinha medo de ir sozinha, tinha medo de ter uma contracção mais forte, e tinha medo também da minha tensão, que baixa drásticamente na água quente.
O Tiago foi comigo, e soube muito bem. Eu tremia por todos os lados, batia os dentes, apesar de estar quente e até calma.
Vestimo-nos (eu, com muita ajuda...) e descemos para a sala. O Tiago já insistia para irmos para a maternidade, mas eu preferi esperar mais um pouco. Ele pôs um DVD (Scary Movie 3) para nos distraírmos. Também resultou!

O caminho para a Maternidade
Eram quase 4h quando ele chamou um táxi.
Aí, e só aí, é que eu vi que o caso era sério... não sei porquê, mas estava convencida que ainda não era desta...
Algumas contrações tinham intervalos de três minutos, e aí lembrei-me que a epidural tem um tempo certo para ser administrada. Nessa altura deu-me a pressa toda.
Descemos, para entrarmos logo no táxi, e não perdermos mais tempo. Estávamos á espera quando se ouviu um barulho, que vinha de mim e era assim como se me tivesse borrado toda (eu sei que é uma expressão feia, mas como me posso explicar melhor?). Seria possível?! E segundos depois, senti um líquido a sair "não sei bem de onde" (eu já punha todas as hipóteses). Não era abundante, era apenas o suficiente para me molhar as calças. Voltei a casa, porque não podia ir para a Maternidade com aquela dúvida... Na casa de banho vi que, felizmente, ainda não estava incontinente e, felizmente também, aquele líquido que vinha com um pouquinho de corrimento seria provavelmente uma pequena ruptura na bolsa. Voltei a descer para a rua (o Tiago ia á minha frente nas escadas, porque eu tremia tanto das pernas que pensei que poderia cair), e parei algumas vezes pelo caminho, com contrações (bem violentas estas últimas...) e entrámos no táxi.
O taxista viu-me com aquela barriga, viu que a indicação era a Maternidade Alfredo da Costa, viu que, de três em três minutos, eu apertava muito a mão do Tiago e começava a respirar fundo, bem fundo. E lá fez as contas dele, porque pôs o "quatro-piscas", e seguiu direitinho á Maternidade, sem parar em nenhum sinal vermelho (mas sempre, sempre, com muito cuidado!).
Chegámos rápido, ele desejou-me "uma hora pequena" (muito que eu ouvi isto nas últimas semanas) e entrei. (Mais tarde vim a saber que o Sr Taxista levou gorjeta! Fiquei contente!)

O Internamento
Cheguei, e não estava ninguém na sala de espera (eram 4h20), nem no guichet de atendimento. Entreguei o meu cartão de identificação ao Tiago e fui á casa de banho, não conseguia estar ali de pé (nem sentada, nem deitada), e tinha que me mexer. Na casa de banho, vi que estava coradíssima, e olhei (penso que pela última vez) para a minha barriga. Falei com ela, como fiz tantas vezes durante a gravidez, e perguntei se a minha princesa já queria vir para os braços da mamã.
Saí, o Tiago já me tinha inscrito e era só aguardar. Entretanto ele foi lá fora, telefonar á minha mãe, fui ter com ele porque estava com imenso calor, e porque tinha que me distrair. Ainda cheguei a falar com ela, disse-lhe para não vir já, porque podia acontecer o mesmo da noite anterior, e que esperasse que o Tiago lhe dissesse alguma coisa. Voltei a entrar e chamaram-me nesse instante.
Disse o intervalo das contrações (ainda tenho guardado o papel onde as assentei!) e que achava que estava a perder líquido. A médica olhou para mim e disse que eu estava com "cara de internamento" (devia ser por já não dormir há duas noites!), deitei-me na marquesa e fez-me o toque. Até subi pela marquesa, fogo! que bruta!
Mas esqueci-me logo da dor que estava a sentir quando a ouvi dizer: "humm... três dedos de dilatação, o colo está practicamente, e a bolsa está intacta (???). Eu não disse que estava com cara de internamento?".
Fiquei toda contente!!! Estava toda dorida, mas eu queria lá saber, ia conhecer a minha filha!!!!
Perguntei á medica o que era aquele líquido, visto que a bolsa estava intacta. Ela disse que devia ter rompido só um bocadinho. Disse-lhe também que já não sentia a Beatriz há algum tempo, talvez há várias horas. Fiquei deitada e ela foi buscar o Eco-Doppler para ouvir os batimentos dela. Tudo certinho, ela estava óptima!
Estava a levantar-me quando lhe disse que estava qualquer coisa a escorrer "de lá de dentro". Disse-me que era o gel (as médicas põem um gel para lubrificar antes de fazer o toque), mas não era, tanto que quando me levantei caíu uma coisa gelatinosa cheia de sangue do tamanho da palma da minha mão mesmo ali no meio do chão, mesmo na altura em que tinham entrado mais duas enfermeiras e uma médica para ver não-sei-o-quê. Ficaram as quatro a olhar para mim, quando soltei um "Blhack!", e riram-se, ficaram mesmo contentes! Disseram que era um óptimo sinal, e que era normalíssimo. Que é normal eu já sabia, mas aquela nhanha não se vê todos os dias... E, principalmente, não se mostra a ninguém...
Nessa altura, perguntaram-me se queria a epidural, eu disse que sim, e ela respondeu: "Vamos lá ver se é possível, não é?", admito que entrei um pouco em pânico... Eu já não estava a aguentar muito bem, e desde que tinha entrado no táxi que sonhava com a epidural, e nunca, em momento algum, pus a hipótese de não ma darem. Mas depois a médica perguntou-me se tinha feito os exames, eu disse que tinha feito tudo o que me tinham pedido. Ela confirmou no meu processo se estava tudo em ordem, e disse que não haveria problema.
Aí, eu respirei fundo!
Uma auxiliar (a mesma que limpou "aquilo" do chão), deu-me um saco para pôr toda a minha roupa lá dentro e deu-me uma bata e uns chinelos de papel, deu-me também um penso, visto que eu estava a sangrar (mas não me deu umas cuecas, disse que o penso era grande e para apertá-lo com as pernas...). A figura era linda, com aquela bata ridícula, os chinelos que eram enormes, uma barriga grande e desconfortável, que me obrigava a andar "ligeiramente" inclinada para trás, e a fazer um esforço enorme para manter as pernas bem juntas não fosse o penso cair no chão, na frente de todos (só faltou mesmo isso...). Fui á sala de espera e dei as minhas coisas ao Tiago. Nesta altura, não me lembro de ter tido contrações, só sei que aquela porta se abriu e eu estava com um sorriso enorme (apesar da triste figura!), dei as minhas coisas ao Tiago, despedi-me dele, e da minha sogra, que também lá estava. Reparei que ele estava com um ar assustado. Mas eu estava contentíssima...aquilo era tudo o que eu tinha querido nas ultimas 40 semanas e 3 dias, e era com aquilo que eu sonhava todos os dias há já quase um mês!!

A preparação
Fui levada para dentro por uma auxiliar espanhola, até uma sala com uma marquesa e uma mesa cheia de compressas e outras coisas. Disse-me para tirar o penso e deitar-me. E começou a rapar-me.
Este foi um momento bastante incómodo, para começar porque ela foi bruta (mas não me magoou), e depois porque ela estava a rapar-me e eu estava a sentir o sangue a sair... A imagem não devia ser muito agradável...
Depois ela deu-me dois clisteres. Não me disse mais nada. Eu nunca tinha usado aquilo na vida, mas perceber como se punha também não foi difícil. O problema aqui foram as contrações, pois nesta altura já vinham acompanhadas de uma vontade imensa de fazer força. Eu punha o gel, aquilo fazia logo uma impressão esquisita, e depois...contração! Com a contração, a vontade de fazer força, e com ela, vinha o gel todo por ali abaixo... Ainda esperei, pensei que o tempo que o gel tinha actuado fosse suficiente para fazer efeito. Mas não era, e voltei a pedir á auxiliar mais dois clisteres. Ela deu-me, e disse que eu tinha mesmo que aguentar, esperar e não fazer força.
Tentei novamente, mas a certa altura já não sabia se a vontade de fazer força era da contração ou do clister. O gel voltou a sair todo, e eu já estava cansada de estar lá dentro, as contrações estavam a ficar insuportáveis, estava cheia de calor, e tremia que até metia dó... Estava com vergonha de voltar a pedir á auxiliar mais dois clisteres, por isso, saí da casa-de-banho, disposta a desistir, quando vi que não estava ninguém na sala. A caixinha com os clisteres estava mesmo ali á mão, e resolvi fazer uma última tentativa. Falhei novamente, pelas mesmas razões.
Eu já não podia mais, e pensei "Que se lixe!". Limpei-me com um algodão cheio de betadine que a auxiliar me havia dado, pus o penso e saí.
As auxiliares estavam todas no corredor, na conversa, e eu disse que não conseguia fazer nada. Disseram-me que não podia ficar eternamente na casa-de-banho, e para ir para a sala de partos assim mesmo.

A Sala de Partos
Eu sempre pensei que antes houvesse uma "sala de dilatação", e se calhar até há, mas penso que como eu já estava um pouco adiantada, mandaram-me directamente para a sala de partos.
Era o quarto número 5, e a placa do quarto tinha uma cegonha (promenor curioso!).
As portas eram de vidro baço, e abriam-se automaticamente, com sensores. Tinha uma cama grande, e bastante alta (para subir, só mesmo com um degrau!), tinha um Ctg, e mais uma máquina qualquer, tinha uma cómoda com vários produtos e com o meu processo. Num canto, estava um berço. Um berço alto, com rodas e de plástico transparente, com uma mantinha amarela. Fiquei enternecida a olhar para ele, e só aí me apercebi que era ali que a Beatriz ia nascer.
Deitei-me, ligaram-me ao Ctg (e puseram-me aquelas fitas mais apertadas que o habitual...), a enfermeira subiu a cabeçeira da minha cama, mas a posição continuava a ser muito desconfortável, e colocou-me o soro... Esta parte fez-me alguma impressão... ver aqueles fios todos ligados ao meu braço, cheio de fita adesiva, e bastante dorido. Doeu-me mesmo a pôr aquilo... e ainda agora tenho a ferida.
Nesta altura eu estava muito desconfortável, deve ter sido a pior de todas... Estava numa posição horrível, com o braço dorido do soro, a barriga apertada do Ctg, com contrações cada vez mais fortes... e sozinha.
Deixaram-me ali sozinha durante pelo menos 1 hora... Por causa dos sensores da porta, cada vez que alguém passava perto da porta no corredor, esta abria-se, e eu virava a cara para ver se era a anestesista com a epidural... Mas ou não era ninguém, ou era um dos muitos médicos que me fez o toque (perdi a conta..serio!) Cada toque me doía mais, a cada toque eu ficava mais dorida, e contorcia-me toda, e depois de cada um a resposta era sempre a mesma: "Três dedos de dilatação, ainda tem de esperar mais um pouco...".
Devem-me ter feito toques a cada 10 minutos...
Na sala estava música, a enfermeira tinha posto qualquer coisa a tocar, penso que era Jamiroquai, mas não tenho a certeza... Sei que foi agradável, pelo menos por uns instantes.
Houve uma altura, não sei bem quando, em que estava uma enfermeira no quarto, e eu ouvi uma mulher a gritar. Ela gritava muito, e via-se que fazia força... Arrepiei-me toda e perguntei á enfermeira se aquela mulher tinha levado epidural, ela disse que não, porque não tinha chegado a tempo.

A Espera pela Epidural
Nesta altura as contracções eram muitas, e muito intensas, eu tentava controlar-me, mas estava dificil, fartei-me de gritar, de chorar, pela dor, e por estar ali sozinha... Chamei uma enfermeira, e perguntei se o Tiago não poderia vir para o pé de mim. Ela disse que não, que ele só poderia vir quando fosse a altura da bebé nascer. Então perguntei se ela não poderia ficar ali comigo. Ela olhou para mim, riu-se, disse que não podia, e perguntou o nome da pessoa que eu queria chamar. Foi muito amorosa...
Passado um minuto, entrou uma enfermeira, com duas fitinhas côr-de-rosa, e estava a colocar uns papéis lá dentro... Eram as fitas que eu e a Bia íamos usar enquanto lá estivéssemos internadas. Eu pedi para ela me mostrar, ela mostrou e sorriu-me, "Está muito ansiosa?", "Estou!! Muito mesmo!", "Então deixe-me ver quanto tempo ainda falta!". Foi ao meu processo, e viu a folha onde todas as enfermeiras escreviam cada vez que um médico me fazia o toque... "Falta pouco! Não lhe sei dizer ao certo, mas já está mesmo quase!".
Isto deu-me novo ânimo!
Logo a seguir entra o Tiago, todo antarantado, porque certamente pensava que já era para ela nascer (ele confirmou-me mais tarde!), e viu-me ali, na mesma, cheia de dores, a contorcer-me toda. Disse-lhe que ainda não era para já, que ainda nem tinha levado a epidural.
O Tiago ficou comigo quase uma hora, cedeu-me a sua mão (pobre mão!), que eu apertava com força, e respirava comigo... Eu mostrei-lhe o berço, as fitinhas que íamos usar, e o Ctg. Ele ficou especialmente interessado na máquina, e deu-me uma grande novidade: "Olha, estás cheia de contrações!!". Foi para se distraír, também ele estava nervoso...
Cada contração que vinha, vinha também a vontade de fazer força, e nesta altura, era absolutamente incontrolável... Eu sabia que não devia, que ainda era cedo, mas fazer força atenuava a contração, e sabia mesmo bem, era um alívio.... Numa das vezes que fiz força, senti as minhas pernas a ficarem todas molhadas... agora sim, as águas tinham rebentado... cada contração, cada vez que fazia força, sentia mais líquido a sair... e era tanto! Ás tantas era só levantar um bocadinho a perna e lá saía aquilo tudo...
Começei a sentir-me mal disposta, e tive a sensação que ia vomitar, provavelmente era do soro.
Vomitei, e vomitei bastante, e foi tudo para cima da máquina do Ctg, enfim... O Tiago ainda chamou uma enfermeira para me dar um saco, mas quando voltou eu já tinha vomitado tudo.
Depois disso senti-me melhor...

A Epidural
Deviam ser umas 7h quando entrou mais uma médica, não liguei, porque já eram tantos os que me faziam o toque, e nem me dirigiam a palavra...
Reparei que ela era diferente quando pediu ao Tiago para sair, porque me ia dar a epidural!
Fiquei tão contente, nem me despedi dele nem nada, mas eu sei que ele entendeu...
A médica começou a preparar uma mesa, a tirar agulhas, e sei lá mais o quê, porque preferi nem olhar...
A certa altura, uma enfermeira chama-a e ela vai-se embora... Passaram uns 15 minutos, e eu ali, desejosa de acabar com aquelas dores. Já pensava se não se teriam esquecido de mim...
Cada vez que vinha uma contracção, eu esforçava-me para não gritar (até porque nao ajudava em nada) e pensava que já faltava pouco, que aquela até poderia ser a última... Mas a última ainda demorou a chegar.
A médica voltou, veio ter comigo e disse que eu tinha que esperar "um segundinho", porque a enfermeira estava a ajudar um bebé a nascer e ela precisava do apoio dela para me dar a epidural. Quando ela falava comigo veio uma contração, eu já não conseguia esconder, e contorci-me toda. Ela deu-me a mão, e disse que era só mesmo mais um bocadinho... E foi, ela ainda não tinha saído do quarto quando ouvi um bebé a chorar, mesmo no quarto ao lado!! A anestesista olhou para mim e sorriu "Eu venho já! Vou só chamar a enfermeira!".
Elas voltaram e pediram-me para me sentar na cama, a enfermeira tirou-me o Ctg da barriga (que alívio!) e a anestesista explicou-me tudo o que ia fazer e exactamente o que eu ia sentir...
Isto deixou-me mais calma, porque não ia ter surpresas.
Desinfectou-me as costas (com betadine, acho eu!), disse para "abraçar a Beatriz", não me mexer e espetar as costas o mais possível para trás, "Agora vai sentir uma picada, e depois um formigueiro", senti, não custou nada, e não senti mais nada. Sei que ela deixou aquilo lá ficar (eu pensava que era uma injecção e pronto, mas não, ela deixou qualquer coisa na coluna.), pôs-me um penso enorme nas costas e disse que eu não me podia arrastar na cama, quando me quisesse mexer, tinha que levantar as costas, sem roçar naquilo...
Das minhas costas vinha um tubo, que ficou pendurado no meu ombro direito, e foi lá que deram a injecção... A anestesista perguntou-me se sentia algum formigueiro ou se tinha as pernas pesadas, perguntou-me isto várias vezes enquanto lá estava, como respondia sempre que não, disse-me apenas que os primeiros sintomas de que a epidural estaria a fazer efeito, era que as contrações iam durar menos, e iam ser mais espaçadas...
Passados dez minutos estava nas nuvens... Practicamente nem as sentia, e quando as sentia era muito pouco... Perguntei as horas, e eram 7h30, nem tinha dado pelo tempo a passar. Pela janela já via alguma luz e, vencida pelo cansaço, adormeci.
Cada vez que sentia uma contração (só sentia as mais fortes) acordava, mas como o intervalo chegava a ser de 20 minutos, dava tempo mais que suficiente para dormir.
Mais tarde entrou uma enfermeira, e pôs-me mais um tubo no braço, ao lado do tubo do soro, e disse: "A epidural tirou-lhe as dores, e agora venho cá eu dar-lhas outra vez! Isto é para acelerar o trabalho de parto!" Era oxitocina... Ainda perguntei se seria realmente necessário, visto estar a correr tudo tão bem, ela disse que sim, porque eu tinha que desocupar aquele quarto... E foi-se embora.

O Parto
A certa altura, já não estava a conseguir dormir, já sentia as contrações todas outra vez, e cheguei a gritar novamente. Eram 10h da manhã, e começei a ver muita gente á minha volta, mais toques, sabe-se lá quantos, e ouvi "Está na hora!".
Fiquei com medo, o Tiago não estava ali, e eu estava a sentir tudo... era insuportável!
Pedi á enfermeira para chamar o Tiago, quando voltou ela disse que ele não estava na sala. Disse que era impossível, e pedi para tentar outra vez. Ela foi, chegou outra enfermeira, e eu pedi-lhe a ela também.
Enquanto esperava, ouvi a médica dizer que a minha dilatação estava completa e que a bebé estava mesmo em baixo. Eu pus lá os dedos, se ela estava tão em baixo em princípio conseguiria-lhe tocar! E toquei, pelo menos estava ali qualquer coisa a mais, e estava bem á porta!!!
Na sala estavam 4 pessoas, uma médica (que me fez o parto), duas enfermeiras, e uma estagiária, que ficou o tempo todo a ver. As enfermeiras, quando entraram, trouxeram duas máquinas, que eu nunca tinha visto na vida, perguntei para que eram, e disseram-me que era para reanimar a Beatriz, caso fosse necessário... Fiquei tão assustada, nesta altura pensei que havia realmente a hipótese de alguma coisa não correr bem... penso que até aquela altura isso nem me tinha passado pela cabeça...
Eu disse que estava a sentir as contrações todas, e uma das enfermeiras deu-me uma segunda dose. A médica começou a preparar tudo, pôs uma bata, luvas, uma máscara, uma coisa qualquer na cabeça, e colocou as minhas pernas naqueles suportes. Por esta altura já tinha deixado de sentir as contrações, e já estava mais bem disposta quando entra o Tiago. Que alívio!!!
Ele viu aquela azáfama toda á minha volta, e percebeu que estava mesma na hora, era uma questão de minutos até termos a nossa princesinha nos braços!
A médica disse que eu podia ir começando a fazer força, para ir adiantando um bocadinho as coisas... Tinha estado o tempo todo á espera de ouvir aquilo... tudo o que eu queria era fazer força! Mas o efeito da epidural estava no auge, e eu já nem essa vontade sentia. Tinha que puxar por ela.
Assim, quando sentia uma contração (muito... muito ao de leve...) fazia força.
Estava tudo pronto, eu já nem sentia as pernas, estava tudo dormente, desde a barriga até quase aos joelhos, a médica disse que a dilatação estava completa e para o Tiago me ajudar, empurrando a minha cabeça para a frente, visto que eu tinha que ter o queixo encostado ao peito para fazer força.

"Faça força! Mas não ás prestações, contenha o ar, e faça força de uma só vez, como se fosse fazer um cocó bem duro (!!!) Isso, isso! Agora descanse, espere pela próxima contração e volte a fazer o mesmo!"

Descansava, só pensava que estava mesmo a ter um parto, e que em minutos teria a minha filha nos braços! E eu até nem sentia dor, a única coisa que me custava era fazer força, porque tinha que ficar algum tempo sem respirar, porque de resto não me doía absolutamente nada!
E vinha mais uma contracção (eu mal as sentia!) ...

"Vá Ana! Faça força como lhe disse, isso! isso! isso! Já vejo os cabelinhos da Beatriz!!! ...Agora descanse! E que belos cabelos tem a Beatriz!!"

Já se viam os cabelos?! A contração não podia durar muito porque a minha filha estava ali "entalada"... Já estava mesmo quase, e não me estava a custar nada... Pensei que fosse pior... Enquanto a contração não vinha, reparei numa mesa que estava ao lado da médica com instrumentos macabros e bem afiados... "Não me vai cortar, pois não?" fez-se silêncio, ela olha para mim, e com um sorriso algo irónico diz: "Não!"
Outra contração! A última!
Inspirei fundo e fiz tanta força como nunca tinha feito em toda a minha vida! Já estava sem oxigénio, já estava a ficar roxa, já sentia uma veia na testa a pulsar que era uma coisa doida...

"Isso, é isso mesmo! Já está quase Ana, força!!!"

E foi nessa altura que senti a sensação mais espectacular de toda a minha vida! A cabeça dela tinha saído!!!! E eu senti tudo, sem qualquer dor!
Logo a seguir, outra sensação maravilhosa, viraram-na, rodaram a cabeça dela, e eu senti-a lá dentro a virar toda... Nem estava a acreditar!
Para estragar tudo, vi a médica a pegar numa tesoura e senti-a a cortar-me... Três cortes. Não doeu, mas a sensação foi horrível, senti o sangue a escorrer pelo rabo... Foi completamente desnecessário...
Durante todo este tempo eu não tinha parado de fazer força, e foi nesta altura que dei um berro... Não de dor, mas por ter estranhado a sensação, e foi aí que a Bia saiu toda cá para fora!!!
Eu vi-a, muito roxa, muito mesmo! E não chorou... Vi a enfermeira a pegar numa mola branca, a metê-la no cordão e cortá-lo. Ela continuava sem chorar... Outra enfermeira pôs uma toalha no meu colo e a médica pôs a minha filha em cima de mim... Aí ela chorou! Tossiu e depois chorou... Que alegria ver que ela estava bem!
Quis tocar-lhe mas a médica não me deixou... limitei-me a agarrar nela por baixo da toalha.
Nesta altura olhei para o Tiago, e nunca hei-de esquecer a cara dele naquele momento.

Senti-me tão estranha, parecia tudo um sonho.

Uma enfermeira pegou nas fitinhas côr-de-rosa, pôs uma na Beatriz e outra em mim, e disse-me que só poderia tirá-la quando saísse da Maternidade. Eu continuava com ela no colo, e ela continuava a chorar...
Era tão linda, tão perfeita, nem queria acreditar!! O Tiago dava-me festinhas, as enfermeiras disseram que me tinha portado muito bem e que tinha sido muito rápido!
A outra enfermeira pegou na Beatriz e disse "Vou levá-la para ser lavada e para vermos se está tudo bem com ela, sim?!"... Claro... Mas fiquei triste.
Eram 10h40 do dia 17 de Janeiro de 2006.

A Episiotomia
Isto teria sido completamente desnecessário... e foi o que mais me custou.
Quando levaram a Beatriz, ficou apenas na sala a médica, que se preparava para me coser, e a estagiária. O Tiago esteve sempre comigo.
A médica começou a preparar-me, limpou-me, desinfectou-me toda e explicou-me que ia ser cosida em três sitios: nos ligamentos, no músculo e na pele.
Perguntei quantos pontos iria levar, ela disse que os internos não dava para saber, mas que os da pele não deveriam ser muitos... Foram 5.
Eu tremia, e apesar de não sentir dor, assustava-me de cada vez que ela me tocava.
Enquanto ela cosia, eu fiquei a falar com o Tiago. Ele estava babadíssimo, só dizia que eu me tinha portado muito bem! Lembro-me de lhe dizer que foi fácil, que pensei que fosse pior...
Os minutos passavam, e nada de Beatriz... cada vez que a porta abria (que era quando as pessoas passavam nos corredores, malditos sensores!) eu pensava que era ela. Queria saber se estava tudo bem...
A estagiária perguntou-nos se queríamos que ela fosse ver quanto é que a Bia pesava, e se estava tudo bem! Fiquei contentíssima e aceitei.
Voltou passados alguns segundos: "3,380 Kg!"... Que linda! Estava com um peso óptimo! Perguntei-lhe quais os valores da tabela de Apgar, ela foi lá dentro outra vez, quando voltou disse: "Foi 9 ao primeiro minuto e 10 ao quinto!" Fantástico, isso é optimo! Perguntei quanto media, ela foi lá mais uma vez, quando voltou disse que não sabia, porque só a iriam medir quando ela tivesse 24 horas. E explicou-nos que como ela estava enrolada, ainda demorava algum tempo até a coluna se endireitar, e poder ser medida com mais precisão. (No dia seguinte, soube que a minha princesa tinha nascido com 49 cm!)
Eu continuava a ser cosida, mas já estava a sentir algum desconforto.
A estagiária ofereceu-se, minutos depois, para ver se já podiam trazer a Beatriz para o pé de mim. Quando voltou, veio uma enfermeira com ela, e a Bia estava nos seus braços. Ela quis pô-la nos meus braços, mas eu tremia tanto, e sentia-me tão fraca que tive receio, pedi para ser o Tiago a segurar. Nunca me vou esquecer deste momento... ela já não chorava, estava sossegadinha e sempre a deitar a língua de fora, e o Tiago estava todo enternecido a olhar para ela...
Foi lindo vê-los ali aos dois... A minha família!!! E nesse momento senti um amor tão grande, que tive que respirar fundo para não chorar...
Este momento foi estragado, mais uma vez, pela Sôdôtôra a coser-me. O efeito da epidural estava a passar, e eu começava a sentir a linha a furar e a passar.
Queixei-me, ela disse que ia só acabar de coser o músculo e já me dava uma anestesia local... Ainda demorou um bom bocado a acabar aquela parte, e eu já me torcia toda, e já sentia tudo, mesmo tudo. A médica disse que era o último, eu respirei fundo, mas esse foi o que doeu mais, o efeito devia ter passado completamente, e aquele último ponto foi cosido a frio...
Nem me quero lembrar...

A Sala de Recobro
Veio uma enfermeira á sala, e disse que tinha que levar a Beatriz para ser aquecida, e que o Tiago tinha que ir embora. Ele foi, e só voltei a vê-lo na hora das visitas.
Acabei de ser cosida, e a médica despediu-se, desejou felicidades e foi-se embora, a estagiária foi com ela, e eu agradeci-lhe pela paciência, ela foi mesmo amorosa!
Veio uma enfermeira, desinfectou-me, lavou-me (nessa altura estava com a anestesia local e não sentia nada) e pôs-me um penso... não, um penso não, uma fralda!
Tirou-me a oxitocina e pôs-me outra garrafa de soro.
Passou-me para uma maca e levou-me para uma sala pequena, com umas 6 macas, todas juntas e todas vazias, disse que tinha de ficar ali até acabar as duas garrafas de soro. Eram de 1L cada uma e estavam cheiínhas...
Enquanto ali estava ouvi um bebé a chorar, não conseguia deixar de pensar se não seria a Beatriz... Tadinha da minha filha, ainda agora nasceu e já poderia estar a chorar tanto...
Veio uma voluntária, muito simpática, e disse-me que era a minha filha que estava a chorar, mas que era bom sinal, porque estava a exercitar os pulmões.
Perguntei se não poderia ir para o pé dela, ela disse que não, que tinha mesmo de ficar ali, disse-me para descansar e foi embora...
Eu já não dormia há duas noites, estava cansadíssima, sentia-me fraca... mas dormir era a última coisa que eu poderia fazer naquele momento...
Então chorei! Chorei bastante... Doía-me o coração de estar a ouvir a minha bebé a chorar, mesmo ali ao lado, e de eu não poder fazer nada, de não poder estar com ela. Ainda nem a tinha pegado ao colo, e ela estava ali tão sozinha...
Perguntei á enfermeira se não podia ir embora, disse-lhe que me sentia bem, e que só queria ir para o pé da minha filha... Ela tirou-me o soro (não estava nem a meio), e senti um grande alívio, tinha o braço inchado, e dorido... Tirou-me também o penso das costas e o tubo da epidural... Destravou a minha maca e pôs-me no corredor... Fiquei mesmo á porta da sala onde estavam os bebés a aquecer, e dali conseguia ver a Beatriz... Ela continuava a chorar, estava sozinha e devia sentir-se tão perdida...
Vi a enfermeira a ir buscá-la, a vesti-la (com uma roupa horrível, com um aspecto velho) e trouxe-a para mim... Disse para afastar um pouco as pernas e colocou-a ali... Passado pouco tempo ela deixou de chorar, sentiu-se mais aconchegada, certamente!

Até ao quarto
Veio um rapaz e empurrou a minha maca pelo corredor fora. Passei pelo guichet onde abri o meu processo na primeira vez que lá fui, passei pela porta da entrada, vi a rua e passei pela sala de espera das consultas. Nos corredores estavam grávidas sentadas, e olhavam para mim, sorriam, porque queriam estar no meu lugar, já com os bebés ao colo.
Digo isto porque sei, porque sentia o mesmo, de cada vez que, enquanto esperava pelas consultas, via uma recém-mamã a passar na maca com o bebé aconchegado nas pernas. Nestas alturas eu só desejava estar ali, e agora estava!
Estava tão feliz, estava a sorrir, e elas sorriam para mim também!
Uma menina de +/- 8 anos foi a correr pelo corredor, ao lado da minha maca, para ver se conseguia ver a Beatriz. O rapaz que a empurrava parou, ela viu, e disse que eu tinha "um filho muito bonito!", disse isto provavelmente porque a mantinha dela era azul... Eu sorri, agradeci e o rapaz prosseguiu.
Metemo-nos num elevador, e parámos no 2º andar, ele conduziu-me até ao quarto nº 212, e que era o único, naquele corredor, de 6 camas, pois todos os outros eram de 8! Pôs-me na melhor cama possível (cama nº 4!), mesmo á janela, com muito mais espaço do que as outras... Pôs a minha maca ao lado da cama, e deixou-me ali.

A primeira refeição da Beatriz
Era quase 13h.
Veio uma enfermeira, pôs a Bia no berço (ela dormia profundamente) e ajudou-me a passar para a cama. Disse que me ia trazer o almoço, e para não me levantar...
Ela deve ter demorado uns cinco minutos, mas nesse tempo, eu adormeci.
Acordou-me, comi (Bacalhau á Gomes de Sá, sopa e uma maçã), estava mesmo cheia de fome, e perguntou-me se queria amamentar. Respondi logo que sim.
Ela pegou na Bia, acordou-a, e colocou-a ao meu lado. Eu disse que não sabia se tinha algum leite, porque o meu peito não tinha sofrido nenhuma alteração durante toda a gravidez. Ela disse para não me preocupar. E a Beatriz mamou, não sei muito bem o quê, mas ela pareceu-me ter ficado satisfeita após uns dez minutos... Doeu-me um bocadinho, principalmente no início, mas fiquei contente de ter lá "qualquer coisa".
Ela acabou e ficou ali deitada ao meu lado. Eu fiquei a olhar para ela... tão linda, tão perfeita! Já estava toda rosadinha e parecia uma boneca... tinha as bochechas mais lindas do mundo, e só apetecia agarrá-la!
Depois fiquei a pensar: "Fogo... tenho uma filha! Que responsabilidade!"
Ela deu uns gritinhos amorosos, e continuava a deitar muito a língua de fora... Adormeceu, e eu senti que estava a adormecer também. Sabia que não podia, a cama era grande mas mesmo assim tive medo. No quarto estavam apenas mais duas mulheres, uma reparei nela só quando entrei, porque estava num canto e eu não conseguia vê-la estando deitada. A outra, estava numa cama em frente á minha, e estava sentada a fazer palavras-cruzadas. Olhei para a cama dela e não vi nenhum bebé, nem nenhum berço (mais tarde vim a saber que tinha tido um prematuro). Chamei-a, e pedi-lhe para pôr a Beatriz no berço dela, porque eu não conseguia. Ela pôs, eu agradeci. Adormeci em segundos...

Acordei mais tarde, com o Tiago a dar-me festinhas, e a dizer que a nossa filha era linda.
É mesmo!




E eu estou cada dia mais apaixonada pelos meus dois amores...
E adoro vê-los juntos...


Assim foi o meu parto, assim foi o nascimento da Beatriz, com todos os detalhes que me consigo lembrar... Disse tudo com todos os promenores, porque não quero esquecer um só segundo do dia mais feliz da minha vida...!

E hoje, a minha princesa faz uma semaninha... Cresce bem devagarinho, tá filha?!

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parabéns Mamã! A tua filha é linda e um amor de bébé. Tive que me conter para não chorar de emocionada ao ler a tua "aventura" no nascimento da Beatriz. Fico muito feliz por ti que tenha corrido tudo bem. Continua a amar a tua filha com todo o amor que transpareces nas palavras que escreves. Beijinho para ti e para a tua filhota.
Felicidades!!!!

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Alda Benamor said...

Adoro ler estes testemunhos! :)

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Mãe Gabi said...

adorei ler o teu testemunho!emocionante comum em algumas coisas com o meu ( a parte do coco duro deve ser comum em todos o portugal!)
desejo te as maiores feliciades aos 3 jinhos

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Carla Santos Alves said...

Minha querida linda

Adorei este realto tão pormenorizado e com tanto sentimento!
Parabéns!

Bjs

Carla

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger lenita said...

ola ana.
muitos parabens e muitas felecidades para voçes.adorei ler o teu relato assim ja fico com uma noçao do que e o parto.
parabens e muitos beijinhos.
lenita

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Tulipa said...

Olá.É a segunda vez que visito o teu blog e antes demais quero dizer que a tua bebé é linda, parabéns. Estou de 22 semanas e ansiosa por ter o meu menino. Adorei o teu relato, emocionante e ao mesmo tempo divertido porque contas as coisas de uma forma muito fácil e boa de se ler. Espero que o meu corra tão bem. Bjs

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Loira said...

Olá Ana! Tive de vir cá 3 vezes para o acabar de ler, mas adorei o teu relato!
bj*
Loira e Zezinho

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Li tudinho...
...mm já tendo ouvido, ao vivo e a cores, parte do que contas aqui. A vossa menina é linda e vocês são uma família mto mto amorosa.
já te disse tudo isto...mas não custa repetir! Espero que tenham td d bom e espero poder ir acompanhando o crescimento dessa doçurinha que é a vossa filhota! Bjinhu grande da tua amiga,

Carolina =)

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Desconhecida said...

Ai linda, fizeste-me recordar o parto do Tomás, há 12 anos atrás...na altura estava a começar a "moda" das epidurais e eu fui uma sortuda, pois não há duvida que a epidural, torna este momento muito mais bonito do que já é. Sem dor podemos apreciar o momento.

beijos aos três.

quarta-feira, 25 janeiro, 2006  
Blogger Sofia Macedo said...

Foste muito corajosa em descrever tudo até ao mais ínfimo pormenor. Parabéns pela filhota linda! Felicidades para os três.

Jinhos,

Natacha e Sofia

quinta-feira, 26 janeiro, 2006  
Blogger Mamã artesã said...

Ainda não tinha lido o relato do teu parto e só posso dizer que foi emocionante. Houve partes em que quase solucei pois a descrição é tão ao pormenor que parcia que estava a ver tudo.
Espero ser tão corajosa como tu quando chegar a minha hora.
Joquinhas
Sofia

sexta-feira, 10 março, 2006  
Blogger Ana Luísa said...

Nem sei o que dizer... Fiquei emocionada, arrepiei-me... Li o teu relato duma ponta à outra... Parece que conseguia visualizar tudo o que contaste... Para além de que foi uma 'ajuda' para mim... Já sei o que me espera daqui a 7 meses ;)

E muitos parabéns pela tua coragem e pela tua força do 'alto' dos teus 20 anos...

Bjs e até breve

segunda-feira, 17 abril, 2006  

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